Bem-Vindos

Aqui se pensa alto, mas se é realista. Aqui se é Jovem e se é Ativista. *_*

COMVIDA (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola) é um projeto sério que nós, alunos do CEFET-BA, UE de Vitória da Conquista, estamos engajados na sua concretização à medida que formos sendo capacitados pelo Jovens Ativistas (Projeto que vai formar agentes comunitários, articulados em grupos intitulados Coletivos Jovens, para atuar ampliando e fortalecendo a educação ambiental no município).

Esse blog surgiu de uma idéia de uma dúzia desses jovens: nós, que já nos consideramos ativistas e estaremos postando textos feitos por jovens como eu e você, e por quem mais vier ;D Se você estiver interessado em vir conosco por este caminho e nos ajudar com um texto, imagem, comentário, frase, ou algo que acrescente, envie para o email:

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Hugo de Oliveira Arruda Badin; Larissa Santos Fogaça; Ítalo Felipe Cardoso Amorim; Luana Uende Alves de Aquino; Paulo Wladimir Santos Rocha; Raizza Lima Figueredo; Iago Vieira Soares; Tiago da Silva Xavier; Wagner Galvão Silva; Daniella Santos Oliveira.

E nossas insubstituíveis facilitadoras: Margareth & Lara.

22 de jul. de 2007

Um mundo em suas mãos

Como o seu idealismo pode ajudar a salvar a natureza, aliviar o sofrimento de milhões de pessoas e construir um mundo melhor.

Até onde vai sua capacidade de indignação? Quanto a natureza precisa ser destruída e animais extintos antes que você sinta a necessidade de fazer alguma coisa a respeito? Quanto sofrimento você precisa ver antes de sentir a vontade de dedicar seu tempo para ajudar crianças, velhos e doentes? Quanto o mundo precisa piorar antes que você se convença de que deve arregaçar as mangas e unir forças com seu vizinho para construir um mundo melhor?
Muita gente que já se fez essas perguntas descobriu que era hora de agir. São pessoas que resolveram doar parte de seu tempo e trabalho para ajudar a combater graves problemas ambientais e humanitários. Espalhadas pelo mundo inteiro, elas formam um batalhão de dezenas de milhões de legionários que estão mudando a cara do planeta. Nem sempre reconhecidos, eles nos mostram que, apesar de todas as mazelas que nos afligem, ainda é possível construir um futuro em que haja respeito à natureza, mais solidariedade e maior tolerância entre os povos. Eles nos provam que hoje, como antes, o futuro do mundo continua em nossas mãos. E pode também estar na suas.
Em vez de se agarrar a utopias de sociedades alternativas ou comunismo radical, devemos arregaçar as mangas e fazer algo de concreto para mudar a realidade onde vivemos.

Descontentes com os rumos da política e desconfiados de qualquer um que suba num palanque para vender promessas ou que se auto-proclame liderança política, os jovens modernos devem valorizar principalmente quem mostra que sabe fazer.
“O jovem de hoje tem um engajamento social e ecológico muito forte. Mas ele não quer discutir os grandes problemas do país. Ele quer saber o que pode fazer para melhorar a vida da sua comunidade. Ele quer salvar o mundo começando pelo seu bairro, pela sua praça", afirma Priscila Cruz, coordenadora geral da ONG Faça Parte, que lida com jovens em idade escolar.
A mais completa radiografia desse novo tipo de idealista pode ser encontrada no livro How to Change the World (Como Mudar o Mundo, ainda sem tradução para o português) do escritor canadense David Bornstein. Baseando-se em exemplos concretos, Bornstein descreve como uma legião de idealistas espalhados por todo o mundo está dedicando seu tempo e energia para criar e colocar em prática projetos capazes de produzir efeitos sensíveis na vida das pessoas ou no meio ambiente.
Eles são chamados por Bornstein de "empreendedores sociais" porque possuem todas as qualidades que levariam um jovem a se tornar um executivo de sucesso, mas que, por puro idealismo, decide tomar o rumo da solidariedade ou da proteção da natureza. Bornstein cita dezenas de exemplos desses novos visionários de um mundo mais justo e preservado, muitos deles retirados de várias partes do Brasil.
Se você também quer se tornar um empreendedor social, é preciso antes saber o que caracteriza uma pessoa assim. Na verdade, um conjunto bem definido de qualidades: sensibilidade para os problemas humanos, capacidade de identificar a origem dos problemas, imaginação, paixão pelo que faz, vontade de assumir riscos,, capacidade de se organizar e liderar uma equipe, determinação para agir, abertura para receber criticas e opiniões e transparência para mostrar como suas ações estão sendo feitas e os resultados que está conseguindo.
Em resumo, os idealistas empreendedores não perdem tempo com utopias nem se perdem em blábláblá político. Eles simplesmente tomam a iniciativa, começam um projeto e, como todo bom empreendedor, têm a capacidade de atrair seguidores, de se adaptar a realidade e de estabelecer metas possíveis de serem conquistadas. Passo a passo, eles chegam lá.
Os idealistas modernos são o motor propulsor das chamadas organizações não-governamentais e do que os pesquisadores convencionaram chamar de Terceiro Setor: o universo das entidades que não fazem parte do governo, mas se interessam pelo bem público, sem ter fins lucrativos. Já há cerca de 220 mil dessas entidades no Brasil e a tendência é que o número continue a crescer. Elas podem ser ecológicas, assistenciais, educativas, de saúde pública ou aquelas que fazem campanhas de conscientização ou lobby junto a parlamentares na defesa de uma causa qualquer - as chamadas ONGs de "advocacy", por advogarem uma causa.
Uma das famosas e queridas entre os jovens é o Greenpeace, uma ONG internacional que usa métodos pouco ortodoxos para chamar a atenção da sociedade para agressões à natureza. O Greenpeace depende da energia desses jovens, que são seus principais sócios patrocinadores, mas também boa parte dos voluntários que trabalham nas campanhas da entidade.

Os ativistas do Greenpeace são respeitados porque não ficam só no blábláblá. Eles partem para ação, colocando-se como barreiras humanas contra as agressões ambientais. Mas não são inconseqüentes. Pelo contrário, eles têm uma noção muito clara dos riscos e das implicações envolvidas em cada ação. "Em nosso time não entram pessoas impulsivas ou estouradas. A gente parte para a ação, mas não queremos provocar conflitos ou tragédias", afirma Marcelo M. (ele prefere não revelar o sobrenome), de 34 anos, advogado e há seis anos no Greenpeace.
No Brasil, a história de organizações como o Greenpeace e tantas outras que arregimentam jovens voluntários e ativistas começou com a luta pela democracia e pelos direitos civis das décadas de 70 e 80. As primeiras organizações não-governamentais, geralmente associações, estavam muito ligadas a grupos ideológicos, sindicatos, igrejas ou partidos políticos.
Com o retorno da democracia e a globalização da economia, entidades internacionais instalaram sucursais no país ou foram modelo para a criação de ONGs nacionais. Ao longo da década de 90, enquanto o Estado encolhia por falta de recursos e os políticos se desgastavam com casos de corrupção, essas organizações se mostraram capazes de captar recursos e mobilizar a sociedade para suas campanhas e bandeiras. Hoje, algumas ONGs são potências políticas e econômicas - algumas mais influentes e respeitadas pela sociedade do que muitos partidos políticos.

Se você já abraçou alguma causa nobre, seu futuro como funcionário de uma grande empresa pode estar garantido.
No entanto, se você deseja trabalhar efetivamente para mudar o mundo, as ONGs não são o único caminho. Muitos voluntários conseguem colocar suas idéias em prática em projetos de empresas privadas que investem no chamado marketing social. Ainda que, depois de militar por algum tempo por uma causa nobre, você decida seguir uma carreira tradicional perceberá que o tempo que dedicou para fazer o bem não terá sido em vão. Ao contrário, especialistas em recursos humanos já vêem com outros olhos o jovem idealista. Afinal, a maior parte das qualidades necessárias para um bom empreendedor social são as mesmas desejadas num grande executivo do setor privado.
"No caso de um empate entre candidatos no processo de seleção, o jovem que apresentar sensibilidade e iniciativa para resolver problemas terá a preferência", afirma o consultor de carreiras Fernando Dias.
É verdade, porém, que nem todo mundo vê com bons olhos a presença desse batalhão de milhões de legionários circulando onde quer que haja problemas humanitários ou ambientais. Muitos acham que toda essa empolgação mais atrapalha do que ajuda. O filósofo e colunista israelense Sam Vaknin, por exemplo, considera que as ONGs criadas por esse movimento internacional de jovens unidos para salvar o mundo pode esconder um perigoso viés ideológico.
Vaknin alerta que a maior parte dos líderes das ONGs não são idealistas e sim narcisistas atraídos pelo dinheiro, pelo poder e pela fama que conseguem "Eles ganham salários enormes em relação à média dos lugares onde atuam, vivem em flats e hotéis estrelados e desfilam em luxuosos carros 4x4, sempre com seus laptops de 3 mil dólares na mão", afirma.
Críticas semelhantes começam a aparecer no Brasil. Em seu último filme, intitulado Quanto Vale ou É por Quilo?, o polêmico cineasta brasileiro Sérgio Bianchi mostrou o lado negro das ONGs, algumas vezes criadas pela elite como formas de captação de recursos, que, em vez de serem investidos na população carente, acabam no bolso dos seus dirigentes. A inspiração do filme foram cenas que o próprio cineasta presenciou no Brasil, em que entidades disputavam crianças carentes para justificar sua existência e pedir mais recursos. E também no exterior, quando participou de um jantar em Praga patrocinado pela ONG Transparência Internacional, que fiscaliza a corrupção no setor público em todo o mundo. "Havia quatro orquestras tocando e cascatas de camarões à disposição dos membros", conta Bianchi.
Antes que você se desiluda, o pesquisador Luiz Carlos Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, recomenda equilíbrio ao tratar do papel das ONGs no futuro do Brasil e do mundo. Contrário ao assistencialismo barato descrito no filme de Bianchi, típico das décadas passadas, Merege acredita que as ONGs atuais defendem modelos muito diferentes de desenvolvimento, em que as comunidades são ativamente envolvidas nas ações e decisões. Em eventos como o Fórum Social Mundial, acontecido nos últimos anos em Porto Alegre, as ONGs mostraram uma força de transformação capaz de sensibilizar as maiores e mais potentes nações e entidades do planeta, como a ONU e o Banco Mundial.
Para Merege, os jovens voluntários, protagonistas, ativistas e empreendedores que participam das mais variadas ONGs estão realmente mudando a realidade onde atuam, oferecendo esperança concreta para uma parcela importante da humanidade, que, sem a presença deles, estaria abandonada à própria sorte. " É difícil imaginar como seria a nossa sociedade sem a presença dessas centenas de milhares de organizações que promovem a harmonia, evitando que o caos se instale definitivamente entre nós", afirma. O futuro do planeta e da humanidade continua como sempre nas mãos dos jovens - mas parece que, desta vez, eles sabem exatamente o que fazer.

O que é preciso para mudar o mundo? Sensibilidade, vontade de assumir riscos, liderança, imaginação e, sobretudo, paixão.


Texto extraído de: [link]

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